SOBRE O PROJETO BAMBOO

Capacitação em Técnicas Sustentáveis com Bambu

Comunidade Terapêutica Coterem – Mariana, MG

Com patrocínio da Cedro Mineração, a iniciativa, criada em 2022, chega à 4ª edição.

 

Bambu: vegetal abundante em Minas Gerais, é matéria prima do projeto Bamboo que, até julho, oferece o curso de Capacitação de Manuseio, Tratamento e Confecção de Objetos de Bambu, em Mariana (MG). O objetivo é profissionalizar a mão de obra local para criação de produtos que serão comercializados em lojas parceiras, visando a geração de renda sustentável e o incentivo para a continuidade das atividades. Com duração de três meses, o curso será ministrado pelo arquiteto, urbanista e professor Flávio Negrão e conta com a participação do designer Sergio Stark, como palestrante e curador do projeto.

 

Nesta edição, “Bamboo” será realizado em parceria com a Comunidade Terapêutica Emanuel (Coterem). Localizada em Mariana (MG), a comunidade oferece alternativas para a recuperação de dependentes químicos, gerando um impacto social positivo na região. O curso conta com 12 aulas, teóricas e práticas e, ao final, todos os participantes recebem o certificado de conclusão. Esta prevista ainda a instalação de uma oficina que será doada à Coterem, ao final do projeto, para garantir a continuidade das atividades.

 

Flávio Negrão: Professor Responsável
Sergio Stark: Design (Curador do projeto)

Edições Anteriores

2022: Acuruí

2023: Barão de Cocais l Acuruí l Ribeirão do Eixo

2024: Campo Formoso

MATÉRIA-PRIMA ABUNDANTE

De acordo com Negrão, o uso do bambu como recurso renovável integra o processo criativo e produtivo do design, além de oferecer inúmeras vantagens econômicas e ambientais.

 

“O bambu é um vegetal de rápida regeneração e crescimento, se comparado a outros agentes naturais como a madeira. O seu rápido crescimento, necessitando um período de três a quatro anos para o amadurecimento, conciliado com a necessidade de poda das varas maduras como estratégia de fortalecimento do bambuzal, permite que se tenha alta produtividade com preservação”, explica o professor.

 

Estas características, segundo ele, podem ser evidenciadas na média de produção de biomassa de um bambuzal, que gira em torno de 10 toneladas por hectare, e na sua facilidade de plantio, manutenção e colheita, não necessitando técnicas complexas e onerosas para o seu cultivo.

 

Negrão explica ainda que a boa resistência mecânica, compressão e, principalmente, a tração do bambu, além da sua característica física – linear e leve -, permite a sua aplicação nos vários setores que envolvem a indústria do design.

Na avaliação do professor, consumir os recursos naturais, na busca de soluções que visam satisfazer as necessidades do presente não comprometendo as gerações futuras, conduz o pensamento dentro dos conceitos da sustentabilidade, na percepção da importância de soluções menos impactantes. “Esta reflexão nos faz acreditar que o bambu pode ser um material importante na busca deste equilíbrio ambiental”, defende Negrão.